A Ler/Dort não é uma consequência natural do processo de trabalho, e sim uma anormalidade gerada por diversos fatores, destacando-se a política dos grandes grupos econômicos que fazem qualquer coisa para reduzir os custos do trabalho e para conseguir lucros cada vez maiores. Esse tipo de atitude é consequência da globalização, que faz com que a competição entre as empresas fique cada vez mais acirrada.
Na prática os trabalhadores percebem isso porque as empresas submetem os funcionários a condições inadequadas de trabalho, como jornadas excessivas, ausência de pausas durante a jornada, falta de equipamentos adequados ao tipo físico de quem o utiliza (cadeiras reguláveis na altura, por exemplo), exigência de rapidez e movimentos repetitivos por horas. Esses são apenas alguns exemplos. O resultado são trabalhadores doentes em função do serviço e que muitas vezes ficam com lesões irreversíveis. Por isso, a rotina de trabalho para os funcionários de alguns setores tornou-se sinônimo de tortura. Muitos deles com um ou dois anos de trabalho já apresentam sintomas da Ler/Dort.
O governo federal também contribui para que essa situação permaneça no país, na medida em que emprega a nefasta política neoliberal que vem acelerando o processo de flexibilização dos direitos dos trabalhadores e a precarização das condições de trabalho. O governo é responsável por esse resultado quando propõe leis que dificultam a caracterização da Ler/Dort como doença do trabalho para que fique mais complicado ter acesso aos benefícios previdenciários. E o governo é conivente com um problema que atinge milhares de trabalhadores brasileiros quando não exige dos órgãos de fiscalização que esta seja feita e que se tenha um número de fiscais correspondente ao tamanho do problema. Tudo isso é resultado de uma política que prioriza os interesses das empresas.
É preciso reverter esse processo urgentemente. E isso é possível com decisões simples como a adequação dos equipamentos , diminuição do ritmo de trabalho, rodízio de função, parada para o descanso em determinados períodos da jornada e a adoção de uma política governamental de prevenção de doenças profissionais e de punição severa aos que privilegiam o lucro em detrimento de condições decentes de trabalho. E essa cartilha é o começo de uma luta que é de todos.
Assembleia Geral – SECSJ
ARTIGO: O novo mundo do trabalho e a organização dos trabalhadores
Por Francisco Alano, presidente da Federação dos Trabalhadores no Comércio no Estado ...
Supermercados têm 357 mil vagas em aberto e vivem uma crise de emprego
O jornal Folha de São Paulo publicou, na edição desta segunda-feira (24 ...
Feliz Natal!
Neste Natal, renovemos nosso compromisso com a solidariedade, o trabalho digno e ...
Escala de 10×1 é denunciada por trabalhadores da rede de supermercados Zaffari no Rio Grande do Sul
Acordo entre empresa e sindicato permitiria as condições degradantes; juíza fala em ...
Dia do Comerciário – 30 de Outubro.
Centrais Sindicais e MPT lançam campanha contra assédio eleitoral
O objetivo da campanha é assegurar os direitos do voto secreto do ...
Feliz Dia dos Pais!
Homenageamos a todos que, através de muito esforço, trabalho, dedicação e amor ...
Assembleia das categorias com data base em setembro!
Assembleia das categorias com data base no mês de agosto!